Mais pessoas procuram crédito e mais credores estão dispostos a estendê-lo, sublinhando como os cintos antes apertados estão a afrouxar à medida que a economia recupera dos efeitos da pandemia.
O número de pessoas que solicitaram um cartão de crédito no ano passado atingiu o nível mais alto desde antes da pandemia, de acordo com dados de uma pesquisa trimestral divulgada segunda-feira pelo Federal Reserve Bank de Nova York. Dos entrevistados, 23% disseram ter solicitado um cartão entre junho de 2020 e o mês passado, acima dos 19,4% em fevereiro, mas ainda abaixo do nível pré-pandemia de 26,3% em fevereiro de 2020.
Os credores também relaxaram os seus padrões, rejeitando menos desses pedidos. A taxa de rejeição de cartões caiu para 16% em junho, ante um recorde de 26% em fevereiro, a maior mudança desde que o Fed começou a acompanhar.
Os credores foram mais seletivos na oferta de crédito durante a pandemia, mudando para contas menos arriscadas. Ao mesmo tempo, muitos consumidores centrados na sua saúde financeira, com menos oportunidades de gastar, facilitaram a solicitação ou utilização de cartões de crédito. Essa tendência começou agora a mudar à medida que os consumidores têm mais oportunidades de gastar dinheiro em luxos caros, como férias, que não eram possíveis durante o pior da pandemia.
Mais pessoas, especialmente aquelas com pontuação de crédito abaixo de 760, estão solicitando cartões, enquanto aquelas que já possuem cartões estão usando-os mais agora. Os saldos de crédito rotativo, que consistem principalmente em dívidas de cartão de crédito, atingiram o nível mais alto em seis meses em maio, de acordo com dados do Federal Reserve divulgados no início deste mês.
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