Muitos consumidores deixaram seus cartões de crédito de lado durante a pandemia, pagando os saldos existentes e não solicitando novos cartões, disse o Consumer Financial Protection Bureau na quarta-feira.
Nos primeiros dois trimestres de 2020, o total nacional de dívidas de cartão de crédito caiu para US$ 811 bilhões, de US$ 926 bilhões antes da pandemia, a maior redução em seis meses da história, disse o CFPB em um relatório, embora a dívida tenha voltado a subir para US$ 825 bilhões até o final do ano. Os pedidos de cartão de crédito também diminuíram, com mais de 140 milhões de pessoas solicitando cartões, contra 172 milhões em 2019.
A assistência governamental de alívio à pandemia, incluindo o aumento dos controlos de desemprego e de estímulo, provavelmente contribuiu para os declínios, juntamente com o simples facto de que, com as opções de viagens, restaurantes e entretenimento limitadas por causa da pandemia, não havia tantas oportunidades de gastar. Além disso, a crescente popularidade dos planos compre agora, pague depois pode ter levado os clientes a abandonar a dívida dos cartões de crédito tradicionais. Além disso, as próprias empresas de cartão de crédito ofereceram vários descontos aos clientes, o que ajudou a inadimplência nos cartões de crédito de uso geral a cair para os níveis mais baixos desde 2016.
O declínio na dívida do cartão de crédito durante a pandemia foi sem precedentes em velocidade e magnitude, disse o diretor interino do CFPB, David Uejio, no relatório.
O relatório soma-se à crescente quantidade de dados que mostram como os gastos dos consumidores e os hábitos de crédito mudaram drasticamente em meio à pandemia.
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